
A obesidade aumenta o risco de doenças cardiovasculares?
Compreenda como a obesidade pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares e descubra de que forma pode gerir esse risco com a ajuda do seu médico.
Quando se trata da avaliação da composição corporal e da identificação da obesidade, métodos tradicionais como o Índice de Massa Corporal (IMC) costumam ser os mais utilizados. No entanto, este indicador não deve ser considerado como ferramenta única para medir os riscos associados à obesidade. É importante ir mais além - conheça a razão.
O IMC é frequentemente utilizado para medir os riscos para a saúde associados à obesidade, devido à sua facilidade de cálculo e interpretação. Normalmente, à medida que o IMC aumenta, também aumenta o risco de problemas de saúde. No entanto, algumas pessoas podem apresentar um IMC "normal" (entre 18,5 e 24,9 kg/m²) e, ainda assim, ter uma quantidade elevada de gordura corporal, particularmente na zona abdominal.
Assim, embora o IMC possa ser utilizado para rastrear a obesidade, não mede a distribuição da gordura corporal. A forma como a gordura está distribuída pode indicar o risco de uma pessoa desenvolver condições relacionadas com o coração, das quais pode não estar ciente. Além disso, a relação entre o IMC e os fatores de risco cardiovascular pode variar consoante a etnia. Por exemplo, as populações asiáticas tendem a ter um risco aumentado de condições cardíacas a um IMC mais baixo do que as populações caucasianas.
Para contornar as possíveis limitações do IMC e proporcionar uma compreensão mais abrangente dos riscos associados à obesidade, podemos utilizar a Relação Cintura-Altura (RCA). Esta avaliação resulta da divisão entre o perímetro da cintura e a altura para identificar o risco cardiovascular associado à obesidade. Ao dividir o perímetro da sua cintura pela sua altura, esta razão fornece informações sobre como a gordura está distribuída pelo corpo - particularmente a gordura visceral (abdominal) - que pode conduzir a condições graves de saúde como doenças cardiovasculares (DCV), diabetes e hipertensão (pressão arterial elevada).
A Relação Cintura-Altura avalia especificamente a razão entre o perímetro da cintura e a altura, para aferir a quantidade de gordura acumulada na região abdominal.
Esta gordura pode ser categorizada em dois grupos:
A gordura visceral é diferente da gordura subcutânea em vários aspetos:
Elevados níveis de gordura visceral podem tornar-se problemáticos, devido aos seguintes fatores:
Ao estimar a gordura abdominal, a Relação Cintura-Altura pode proporcionar uma indicação do seu risco de outras condições graves associadas à obesidade, como DCV. Embora os limiares para os níveis de risco estejam bem definidos, uma regra geral é manter o perímetro da sua cintura abaixo de metade da sua altura, para ajudar a reduzir o risco de desenvolver potenciais problemas de saúde.
Se está preocupado(a) com o seu risco cardiovascular ou quer saber mais sobre o impacto da obesidade no seu coração, explore os artigos abaixo ou procure um médico para o(a) ajudar na sua jornada de gestão do peso.
Gerir o peso não tem de ser um caminho solitário
PT25OB00058