Em primeiro lugar, é extremamente importante que preparar-se mentalmente antes desses encontros familiares, adotando estratégias que ajudem a manter a calma. Sophie Dias Seromenho sublinha que “procurar apoio em familiares ou amigos que compreendam a situação pode ser reconfortante e proporcionar um sentimento de solidariedade. Nos casos em que a pessoa se sinta muito afetada, pode ser útil afastar-se temporariamente do ambiente para recuperar a calma. Praticar técnicas de respiração ou mindfulness pode ajudar a reduzir a ansiedade e a manter o equilíbrio emocional”.
Para responder a eventuais comentários de forma assertiva e proteger o bem-estar emocional, Sophie Dias Seromenho aponta que existem várias estratégias gerais que podem ser adotadas pelas pessoas que vivem com obesidade. “Antes de mais, é importante evitar reagir de forma impulsiva ou defensiva. Responder com tranquilidade pode ajudar a desarmar a situação e mostrar que não se deixa afetar pelos comentários negativos.” As cinco estratégias gerais partilhadas pela psicóloga clínica são:
- Manter a calma: Respire fundo antes de responder para manter a serenidade.
- Ser assertivo: Estabeleça limites de forma educada, deixando claro que o comentário é inadequado.
- Redirecionar a conversa: Mude o tópico para algo positivo ou de interesse comum.
- Evitar justificações excessivas: Não se sinta na obrigação de explicar as suas escolhas pessoais.
- Procurar apoio: Se necessário, aproxime-se de familiares ou amigos que o apoiem.
Muitos de nós já foram alvo de observações desagradáveis durante a época festiva, independentemente do tema. Mas será que não conseguimos mudar a narrativa? Acreditamos que sim!
Sophie Dias Seromenho frisa que “uma abordagem eficaz é utilizar a comunicação assertiva, expressando claramente como se sente em relação ao comentário. Por exemplo: ‘Entendo a tua preocupação, mas prefiro não falar sobre o meu peso.’ Esta resposta reconhece a intenção do interlocutor, mas estabelece um limite sobre o assunto.” Outra opção passa por redirecionar a conversa para um tópico diferente, como perguntar sobre a vida da outra pessoa ou comentar algo positivo sobre a reunião familiar. “Se o comentário for particularmente ofensivo, é válido afirmar que tais observações são desrespeitosas e que gostaria que não se repetissem. Por exemplo: ‘Esses comentários fazem-me sentir desconfortável. Agradeço que respeites isso.’ Estabelecer limites claros pode ajudar a prevenir futuros comentários indesejados.”
A psicóloga exemplifica outros comentários que podem surgir por parte de familiares, sejam tios, sogros, pais, filhos, avós, irmãos, primos afastados, noras e genros (entre outros), e sugere como responder de forma adequada: