Sempre fui gordinha e costumo dizer que venho de uma família de gordos, uma vez que tenho vários familiares, como a minha mãe, que já colocaram bandas gástricas. Apesar de nunca ter tido doenças associadas à obesidade, um dia decidi consultar uma nutricionista particular. A partir desse momento, a minha jornada foi uma verdadeira aventura.
Três meses depois de recorrer pela primeira vez à ajuda de uma nutricionista, consegui emagrecer apenas 5kg. Depois disso, tudo estagnou. O tempo passava, mas os números na balança não diminuíam. Todas as saladas que comia e toda a fome que passei pareciam não ter qualquer efeito. Acabei por desistir, voltando à rotina habitual.
O meu objetivo, no entanto, estava longe de ser alcançado. Por isso, decidi falar sobre o meu peso com a minha médica de família, que me encaminhou para uma nutricionista que trabalha no Hospital São João.
Depois de inúmeras consultas, surgiu a possibilidade de fazer uma cirurgia. O meu índice de massa corporal (IMC), no entanto, não o permitia. As cirurgias são aconselhadas para pessoas com IMC superior a 40 e eu tinha 39,4.
A cirurgia acabou por ser realizada em 2011, uma vez que tinha uma hérnia na coluna e o peso excessivo só iria piorar a minha situação. Foi um processo demorado, tendo sido acompanhada por um endocrinologista, pela nutricionista e por um cirurgião, mas não foi o final da minha jornada.
Em 2015 já tinha acumulado alguns dos quilos que perdera devido à cirurgia, mas foi em 2017 que comecei a voltar ao peso pré-cirurgia. Depois do nascimento do meu filho engordei 11kg e, apesar de os ter conseguido perder, voltei a ganhá-los lentamente.